terça-feira, 20 de julho de 2010

Portugueses sem cuidados com a pele.


Os portugueses desconhecem a sua própria pele, ainda que 89 por cento reconheça que ela precisa de cuidados, apenas 25 por cento os aplica diariamente. Contudo, 77 por cento dos cidadãos nunca consultou um dermatologista. Uma das rotinas mais praticadas por ambos os sexos é a lavagem, sendo que 21 por cento dos homens não tem qualquer tipo de cuidados (lavagem, hidratação, esfoliação, tonificação).
Os dados são as primeiras conclusões de um estudo, desenvolvido por dermatologistas, que adianta que 63 por cento dos homens não hidrata a pele diariamente e 64 por cento não consegue identificar problemas de pele.
Leonor Girão, dermatologista do Hospital Militar de Belém, afirmou que a pele tem necessidade de rotinas de higiene e hidratação diárias. «Algumas coisas são até bastantes simples. Naturalmente que quanto mais flexível, elástica e hidratada estiver a nossa pele, menos ela descama e fica irritada». E defende que «por isso, devemos incluir nos nossos hábitos diários a aplicação de cremes e loções com conteúdo rico em lípidos de forma a reforçar o filme lipídico (a quantidade de gordura natural) que existe à superfície da pele. Ao aplicarmos loções corporais oleosas estamos a impedir que a água existente nas células das camadas superficiais da pele seja libertada».
A dermatologista refere que os rituais diários de higiene e cuidados são desvalorizados pelos portugueses, sobretudo pelos homens, e recomenda o uso de «um gel de banho que respeite a pele. Que tenha um pH fisiológico, compatível com a pele, que retire a sujidade sem retirar a camada protectora cutânea e que não deixe resíduos irritantes para a pele».
O mesmo trabalho revela que, quando questionados sobre o seu tipo de pele, 27 por cento acredita ter pele seca, sendo certo que a grande maioria dos portugueses não hidrata a pele diariamente. Para os dermatologistas, este é «um cenário que se poderá tornar preocupante pois uma pele mal hidratada torna-se numa porta aberta para um grande número de problemas, o que é agravado quando se fala de peles tendencialmente secas e muito secas».
Leonor Girão explica que «as agressões diárias provocadas pelo clima, roupa apertada e hábitos de higiene débeis ou demasiado agressivos tornam a pele mais frágil e sujeita a descamar e inflamar» pelo que a aplicação de um produto rico em lípidos ajuda a selar a água dentro das células, nas camadas superficiais da pele, tornando-a mais resistente aos agentes agressores, menos descamativa e menos irritável. Isto é particularmente importante em zonas do corpo mais sujeitas a agressões, como as mãos e pés, e em zonas típicas de pele mais seca, como sejam as pernas».
Mulheres e jovens tendem a usar mais produtos correctos e adequados ao seu tipo de pele, do que os homens e indivíduos nas faixas etárias dos 40 aos 55 anos, facto que se pode dever à identidade cultural do País. De facto, enquanto 92 por cento das mulheres admite utilizar esporadicamente produtos de hidratação, 63 por cento dos homens confessa que não os usa. Fonte:Site sexoforte.net

domingo, 11 de julho de 2010

Entrevista TVI 24 Programa Consultório.

Segunda, 12 de Julho 2010 às 11h00.
Video disponível no site.


PSORIASE

75% dos portugueses não cuida da pele correctamente

- 75% dos Portugueses não cuida da pele diariamente

- 21% dos homens portugueses não tem qualquer tipo de cuidados diários com a pele


- 63% dos homens não hidrata a pele diariamente


- 64% não consegue identificar problemas de pele


- 77% nunca consultou um dermatologista


- Apenas 38% dos Portugueses hidrata a pele todos os dias


- Mais de 60% não sabe o que é Psoríase


As primeiras conclusões deste estudo permitem-nos ver que o desconhecimento sobre a pele é bastante elevado, ainda que 89% reconheça que a pele precisa de cuidados, apenas 25% os aplica diariamente. Uma das rotinas mais praticadas por ambos os sexos é a lavagem, sendo que 21% dos homens portugueses não tem qualquer tipo de cuidados com a pele (lavagem, hidratação, esfoliação, tonificação).


Nas palavras de Dra. Leonor Girão - dermatologista do Hospital Militar de Belém - a pele precisa de rotinas de higiene e hidratação diárias, "Algumas coisas são até bastantes simples. Naturalmente que quanto mais flexível, elástica e hidratada estiver a nossa pele, menos ela descama e fica irritada. Por isso devemos incluir nos nossos hábitos diários a aplicação de cremes e loções com conteúdo rico em lípidos de forma a reforçar o filme lipídico (a quantidade de gordura natural) que existe à superfície da pele. Ao aplicarmos estas loções corporais oleosas estamos a "impedir" que a água existente nas células das camadas superficiais da pele saia."


Os rituais diários de higiene e cuidados são desvalorizados pelos Portugueses, sobretudo pelos homens. "O banho faz parte dos cuidados básicos de higiene da pele. (...) Quererá limpá-la sem que ela fique áspera, vermelha ou a descamar, como acontece com sabões vulgares. Para isso deverá usar um gel de banho que respeite a pele. Que tenha um pHfisiológicocompatível com a pele, que retire a sujidade sem retirar a camada protectora cutânea e que não deixe resíduos irritantes para a pele. Além disso pode reforçar a camada protectora se deixar uma camada lipídica à superfície. É isso que um bom gel de banho consegue fazer: limpar a sua pele mantendo-a íntegra e suave." [Dra. Leonor Girão]


Dra Leonor explica como é fácil adoptar hábitos diários de forma a manter a pele saudável, nos quais se deve conjugar "a acção de limpeza com a função "hidratante" ou, em termos médicos, função emoliente" A aplicação de uma loção hidratante logo após o banho é fundamental "... porque não é o produto que coloca água na pele; o que os lípidos do produto fazem é selar a água nas células, que entrou por osmose. E a reposição deste filme hidrolipídico confere-lhe elasticidade e maior resistência." Quanto mais se reforçar esta camada protectora, mais forte e resistente se torna a pele.
Quando questionados sobre o seu tipo de pele, 27% admite ter pele seca. Cruzando este dado com o facto de a grande maioria dos portugueses não hidratar a pele diariamente, podemos constatar que este é um cenário que se poderá tornar preocupante pois uma pele mal hidratada torna-se uma porta aberta para um grande número de problemas, facto que é agravado quando falamos de peles tendencialmente secas e muito secas. Dra. Leonor explica que "A nossa pele tem a responsabilidade de nos proteger contra as diferentes agressões do meio exterior, como sejam os microrganismos, as poeiras, o vento, o frio e o sol. Para que isso aconteça a pele tem de estar saudável, isto é, ser flexível, maleável, macia, ter a sua superfície intacta e a quantidade de lípidos adequada para a manter "impermeável"Mas a realidade é que as agressões diárias provocadas pelo clima, roupa apertada e hábitos de higiene débeis ou demasiado agressivos tornam a pele mais frágil e sujeita a descamar e inflamar. (...) A aplicação de um produto rico em lípidos em todo o corpo, creme ou loção, após o banho, é fundamental - ajuda a selar a água dentro das células, nas camadas superficiais da pele, evitando que esta se perca e a pele pareça "desidratada"Torna também a pele mais resistente aos agentes agressores, menos descamativa e menos irritável. Quanto melhor for a camada hidrolipídica superficial da pele menos esta descama e menos vezes temos prurido (comichão), vermelhidão e fissuras ou gretas. Isto é particularmente importante em zonas do corpo mais sujeitas a agressões, como as mãos e pés, e em zonas típicas de pele mais seca, como sejam as pernas."


Este tipo de cuidados ganha uma importância acrescida quando consideramos a estreita relação entre uma pele saudável e o bem-estar emocional. Dra Catarina Severiano, psicóloga do Hospital de Torres Vedras, afirma que "É actualmente reconhecida cientificamente a estreita relação e interacção entre a pele e a mente. A pele desempenha uma função de extrema importância para o organismo humano. Funciona como barreira protectora, que separa o interior do exterior. É o nosso envelope corporal. É através dela que nos relacionamos intimamente com o outro, logo é também através dela que, muitas vezes, exteriorizamos o que sentimos e que, por vezes, dificilmente verbalizamos."


Mulheres e jovens tendem a usar mais produtos correctos e adequados ao seu tipo de pele, do que os homens e indivíduos nas faixas etárias dos 40 aos 55 anos, facto que se pode dever à identidade cultural do País. Quando comparamos os dados entre homens e mulheres encontramos também uma enorme diferença no que toca à hidratação,enquanto 92% das mulheres admite utilizar esporadicamente produtos de hidratação, 63% dos homens confessa que não os usa.


Apenas 38% dos Portugueses hidrata a pele todos os dias, sendo que a frequência de hidratação da pele aumenta no Verão.


De forma a avaliar o conhecimento sobre a própria pele, a amostra foi questionada sobre as suas próprias doenças cutâneas e unicamente 6% reconhece ter algum tipo de problema diagnosticado, sendo que as mais informadas sobre esta questão são as mulheres. Dra. Leonor afirma que "A verdade é que a maioria das pessoas tende a não valorizar as doenças de pele, pois há a percepção de que os problemas de pele passam com o tempo. Na realidade nem sempre é assim e muitos dos problemas podem ser resolvidos e evitar sequelas (como as cicatrizes do acne, por exemplo) se devidamente acompanhados por dermatologista."

Apesar desta grande desvalorização de alguns sintomas, como vermelhidão, comichão, pequenas manchas, pele seca e descamativa, a procura de especialistas nesta área é bastante reduzida, pois 77% dos Portugueses nunca consultou um dermatologista. Esta é uma prática que deveria ser fomentada, pois "No geral todos deviam ser observados por um dermatologista para observação e registo de lesões cutâneas (sinais, por exemplo) e saber quais os cuidados de manutenção a ter com a sua pele. A regularidadeposterior deverá ser determinada pelo médico, consoante o tipo de lesões observadas (pele clara e muitos sinais deverá ir com mais frequência do que pessoas com poucos sinais, regulares e benignos) e/ou doenças de pele constatadas (micoses, acne, rosácea) que obrigam a visitas mais frequentes até à resolução do problema." [Dra. Leonor Girão]


Dentro dos 23% que admitem já ter tido uma consulta na especialidade de dermatologia, detectamos uma maior incidência na faixa etária dos 40 aos 49 anos.
Actualmente, somente 
3% dos portugueses recorrem a dermatologistas uma ou mais vezes por ano.


64% dos Portugueses não consegue identificar problemas de pele e revela ainda que considera esta uma tarefa muito difícil. No entanto, quando lhes é pedido para seleccionar de uma listagem os problemas/doenças de pele que reconhecem, o melanoma ganha o lugar de grande destaque com um índice de 57%, com mais ênfase junto dos homens. Como podemos ver no quadro abaixo, celulite é mais valorizada enquanto problemática do que a Psoríase.


Dra. Leonor Girão destaca este facto pois "A celulite na forma em que é identificada pelas pessoas não é verdadeiramente uma doença mas mais um problema cosméticosobretudo na sua aparência inicial.", ao passo que "A Psoríase é realmente uma doença cutânea, crónica, não contagiosa, com fundo genético e tem uma prevalênciarelativamente alta na população."


A Psoríase é uma doença crónica, não contagiosa, que pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são muito variáveis, caracterizando-se, geralmente, pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam preferencialmente os joelhos, região lombar, cotovelos e couro cabeludo. Estapatologia afecta cerca de 250 mil pessoas em Portugal e tem implicações que ultrapassam o físico, pois por ser uma doença com sintomas muito visíveis, frequentemente afecta os doentes a nível psicológico e até mesmo na sua relação com a sociedade. Nas palavras da Dra. Leonor Girão, " Muitas pessoas desconhecem a doença e, pelo seu aspecto de manchas descamativas na pele, pensa que é contagiosa. Tem portanto uma estigmatização grande."

Com sintomas e causas físicas, esta doença afecta os doentes também a nível psicológico, Dra Catarina Severiano, explica esta ligação: "A forte relação entre a pele e o stresse está internacionalmente estudada. Inúmeras investigações científicas comprovam a sua relação de reciprocidade, sendo o stresse identificado como causa e consequência da Psoríase. O carácter inconstante e imprevisível dos episódios de Psoríase contribui, de largo modo, para a instabilidade interna dos doentes, com consequente aumento da vulnerabilidade ao stresse e dos índices de depressão e ansiedade."


João Cunha, Presidente da PSOPortugal - Associação Portuguesa da Psoríase, afirma que "Esta enorme percentagem [de desconhecimento da doença] reforça a importância do trabalho que tem que ser feito. (...) O facto desta doença ser crónica, para nós doentes e para os médicos que a tratam, mas não ser reconhecida como crónica pelo Serviço Nacional de Saúde, faz com que muitos dos doentes de psoríase não se tratem por não conseguirem suportar o custos dos medicamentos e todos auxiliares como champôs, loções, cremes hidratantes fundamentais para o tratamento da psoríase."


Questionados directamente sobre a Psoríase, se conhecem ou já ouviram falar, o índice sobe para 38%, dos quais apenas 26% sabe reconhecer pelo menos um sintoma da Psoríase, sendo que a escamação da pele é o mais mencionado. Por ser tão visível, este é um sintoma que afecta em muito os doentes, que coloca uma grande pressão social e que tem drásticas repercussões a nível de qualidade de vida. Nas palavras da Dra. Catarina, "A exposição da pele escamada perante o olhar inocentemente ignorante dos outros parece ser um dos factores mais devastadores para a manutenção da saúde emocional dos doentes de Psoríase. (...) Em muitos casos, os doentes de Psoríase temem ser isolados, rejeitados e apresentam fantasias de abandono. Situações deste tipo, acrescidas à estrutura de personalidade, fundamentada numa imagem corporal debilitada pela doença, podem influenciar a capacidade de aceitação e satisfação pessoais e a adaptação social. Procurar emprego, ir ao cabeleireiro ou ao ginásio, acontecimentos que poderão considerar-se vulgares, são para muitos doentes barreiras com que se defrontam diariamente." 

Estudos internacionais concluem que mais de 50% dos doentes de Psoríase têm tendências depressivas, João Cunha revela ainda que 
"Na maioria dos casos, o impacto psicológico causado pela discriminação provocada pelo aspecto das lesões, por ser uma doença crónica e o desespero que atravessa a vida das pessoas quando não conseguem tratar a doença que as assola, leva a que os doentes de psoríase necessitem de um apoio extra para conseguirem lidar com esta doença. Existem alguns estudos que revelam que a psoríase é a 3ª patologia com maior incidência de suicídios."


Dra. Catarina Severiano faz o apelo "É urgente a divulgação e o acesso fácil à informação acerca da Psoríase. A prevenção do estigma social deverá obrigatoriamente iniciar-se junto das crianças, através da transmissão de conhecimentos acerca da doença e da sensibilização para as suas causas e consequências."



A pele, um dos elementos mais fortes conhecidos pelo homem, tem a capacidade de se auto-regenerar, é impermeável, estica e volta à sua forma inicial, é responsável pela protecção do nosso organismo contra as agressões externas, pelo controlo da nossa 
temperatura corporal e também pela sensibilidade táctil através da qual sentimos o mundo e os que nos rodeiam. Uma pele mal hidratada torna-se vulnerável às agressões externas, perde capacidades regenerativas e aumenta as probabilidades de contrair doenças cutâneas.


No entanto, estes são factos que não fazem parte do senso comum dos Portugueses, o que faz do panorama dermatológico português, um cenário preocupante a nível de saúde pública.





Metodologia


Este documento resume as conclusões de um estudo quantitativo, realizados pela ACNielsen através de entrevistas telefónicas - conduzidas por intermédio de um questionário estruturado com perguntas fechadas. O seu target foram 500 indivíduos entre os 20 e os 55 anos de idade, de Portugal Continental, de ambos os sexos . Esta amostra compreende 500 entrevistas e tem um erro máximo associado de +/-4.4 para um nível de confiança de 95%.

Entrevista - SIC Noticias

No dia 11 de Maio, fui convidada pela SIC Notícias para comentar o recente estudo sobre "Os Portugueses e a Pele".

As principais conclusões do estudo são:
- 75% dos Portugueses não cuida da pele diariamente- 21% dos homens portugueses não tem qualquer tipo de cuidados diários com a pele- 63% dos homens não hidrata a pele diariamente- 64% não consegue identificar problemas de pele- 77% nunca consultou um dermatologista- Apenas 38% dos Portugueses hidrata a pele todos os dias- Mais de 60% não sabe o que é Psoríase
Questionados directamente sobre a Psoríase, se conhecem ou já ouviram falar, o índice sobe para 38%, dos quais apenas 26% sabe reconhecer pelo menos um sintoma da Psoríase, sendo que a escamação da pele é o mais mencionado.
Fonte: Associação Psoriase

sábado, 10 de julho de 2010

Declarações à agência Lusa

Piolhos voltam à escola

O «ataque» dos piolhos às cabeças dos mais novos tem uma justificação: «Como as crianças brincam próximo umas das outras, é mais fácil o contágio nas escolas»Artigo completo aqui:http://aulas.iol.pt/noticia.html?id=995160&div_id=4298

Estudo:Treatment of oral condylomata acuminata in a HIV-1 patient with bleomycin

A publicação deste estudo está neste site:
http://www3.interscience.wiley.com/journal/119045182/abstract


Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology

Volume 14 Issue 4, Pages 321 - 322
Published Online: 8 May 2002
Journal compilation © 2010 European Academy of Dermatology and Venereology.